29 junho, 2015

O que está por trás do gesto de colorir a foto de perfil em apoio ao movimento LGBT?


Foto: Reprodução/Facebook
Por Daiane Costa

Na sexta-feira, dia 26/06, foi aprovada pela Suprema Corte dos Estados Unidos a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Desde então temos visto um grande número de pessoas colorindo suas fotos de perfil nas redes sociais com as cores do movimento LGBT (as cores do arco-íris).

Muitos deles são pessoas que seguem a ideologia comunista-marxista, a ideologia de esquerda. E isto não me surpreende! Não podia esperar outra coisa: afinal, o comunismo, entre outros meios, utiliza-se da destruição da família para alcançar seus objetivos mais sujos! O próprio Marx, no Manifesto Comunista, deixa bem claro que a destruição da família, sua redefinição é essencial para a redefinição da sociedade e assim obter o ambiente propício para o comunismo seja implantado. O que fere o coração (e os olhos) são os católicos que estão cometendo esse gesto... 


Uma coisa é respeitar, outra bem diferente é apoiar um movimento que: primeiro, vai contra tudo aquilo que Cristo, através da Sua Igreja, nos determina; segundo, ridiculariza a fé que você, enquanto católico, diz acreditar. Acolhemos o pecador, mas odiamos o pecado! Será que já se esqueceram dos gestos obscenos da Parada Gay que aconteceu em São Paulo, há poucas semanas? 

Católico, ao colorir a foto do seu perfil você está apoiando este movimento que ridicularizou o próprio Cristo, este Cristo em quem você diz acreditar e que você diz ser seu Senhor! Ao colorir sua foto de perfil, você está apoiando um projeto que nada tem de inocente. Muito pelo contrário: por detrás, há o objetivo da destruição da família, em favor de projetos criminosos de poder.

Hoje celebramos São Pedro e São Paulo: que essa festa nos lembre que nosso amor e reverência ao Santo Padre mostra-se também através da obediência.

Ouvi muitos comentários dizendo que o que consta nas Sagradas Escrituras são posições ultrapassadas, que muitas delas foram alteradas, que se utilizaram da Bíblia para defender aberrações como a escravidão, preconceito contra as mulheres etc; e que não compreendemos a Bíblia verdadeiramente.

A profundidade dos ensinamentos da Palavra de Deus é inesgotável, a Palavra é viva. Nenhum de nós chegará ao seu conhecimento pleno. Sempre descobriremos novas riquezas na Palavra de Deus. No entanto, posso dizer que compreendo o suficiente para afirmar o que afirmo. Graças a Deus somos amparados pela Igreja, que nos mostra o caminho da verdade e nos ilumina quanto àquilo que sozinhos não compreenderíamos!

Em primeiríssimo lugar, a Palavra de Deus deve ser compreendida à luz do Espírito que a inspirou, o Espírito Santo de Deus, o mesmo que conduz a Igreja. Em segundo lugar: o Antigo e o Novo Testamento são uma unidade. O Antigo se cumpre no Novo e o Novo está presente no Antigo. Ou seja, eles não podem ser lidos isoladamente, pois do contrário acontecem interpretações equivocadas. Terceiro ponto: há diferentes gêneros literários na Sagrada Escritura, e cada texto deve ler lido e compreendido levando em consideração este gênero literário e o contexto histórico em que foi escrito, para que possamos compreender o que o autor verdadeiramente disse e como esta passagem foi interpretada ao longo dos séculos. Não se pode ler, por exemplo, o livro do Levítico, da mesma forma em que se lê o Cântico dos Cânticos, ou o Apocalipse, ou os Evangelhos! Não se lê poesia, da mesma forma que se lê um ordenamento jurídico, ou da mesma forma que se lê um livro de estórias com fundo moral, ou um livro histórico.

Na Escritura estão descritos sim muitos ritos antigos do judaísmo. É preciso separar as coisas acidentais das essenciais. Não podemos esquecer que o povo do Antigo Testamente estava no começo da Revelação. E Deus, em sua misericórdia, usa de uma sábia pedagogia, de modo que Ele, aos poucos, se mostra ao povo, à medida que eles são capazes de compreender. Há coisas que eram toleradas no Antigo Testamento, mas não aprovadas por Deus. Um exemplo é a própria questão do monoteísmo e da Trindade. Somente no Novo Testamento Deus se revelou claramente como Trindade. Pois antes eles não seriam capazes de compreender, mas seriam tentados a cair no politeísmo, como a outros povos que os cercava.

Quarto ponto: há várias passagens no Novo Testamento que condenam o homossexualismo, como Rm 1, 24-27; I Cor 6, 9-10 e I Tm 1, 10; ou quando o próprio Cristo reafirma e eleva a sacramento a união entre um homem e uma mulher.

A questão do homossexualismo não é uma mera questão jurídica. Trata-se de um ato contrário a lei natural, e qualquer homossexual sabe que seu ato é contra a natureza. Como diz o Catecismo (parágrafos 2357 a 2359), "os atos homossexuais são contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem da complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados". O amor ao próximo pressupõe que lhe sejamos verdadeiros. Os atos homossexuais são atos intrinsecamente desordenados. Tantos testemunhos de homossexuais afirmam a mesma coisa. Muitos, vivendo a castidade, lutam a cada dia para alcançar uma vida santa, unindo seus sofrimentos aos de Cristo.

Há aqueles que acusam o Papa Francisco de apoiar a união homossexual, manipulando suas declarações. O Papa afirma apenas aquilo que a Igreja sempre afirmou: acolhemos o pecador, mas odiamos o pecado! Informo aos desavisados que o Papa é católico, e nunca trairá a fé! Seus antecessores afirmam o mesmo. A Igreja sempre respeitou e acolheu os homossexuais. No Catecismo encontramos isso, nos parágrafos que foram citados acima; também encontramos isso em inúmeros documentos da Igreja anteriores ao Papa Francisco, e ele mesmo reafirmou várias vezes a família como uma instituição fundada por Deus, célula mãe da sociedade, constituída por um homem e uma mulher, que se unem por amor e estão abertos aos filhos.

E digo com certeza: no momento em que apresentamos aos homossexuais a verdade, com caridade, reprovando o ato, mas acolhendo a pessoa que o cometeu e que quer recomeçar, eles se sentem muito mais amados, acolhidos e respeitados do que através de toda essa militância gayzista. O "amor" defendido por tantos, que legitima tudo, inclusive a união homossexual, é um amor desordenado.

Por fim, a Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério formam um tripé inseparável. Devem caminhar juntos. Graças a Deus existe o Magistério da Igreja, intérprete fiel e autêntico das Sagradas Escrituras e da Sagrada Tradição, que nos ilumina e ajuda a caminhar pelo caminho correto, mostrando a verdade. Já dizia São Pedro em sua carta, que "a Escritura não é objeto de interpretação pessoal"!

A partir do momento em que escolhemos em que acreditar, não estamos mais professando a fé da Igreja, mas a nós mesmos. A fé é um dom que recebemos de Deus! E devemos aceitá-la como um todo, do contrário, corremos o risco de estar pregando um outro Cristo. Infelizmente, muitas vezes as pessoas querem fazer Deus à sua imagem e semelhança, sendo que deve ser o contrário: nós é que devemos nos assemelhar a Ele.


E viva a família tradicional: homem e mulher, que em suas diferenças se complementam e geram vida! Se não fosse esta realidade, a humanidade já estaria extinta! Viva a Santa Igreja! Viva a família tradicional, protegida em Constituição Federal, célula mãe da sociedade! 
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