22 agosto, 2017

Católico e maçom: pode isso, Arnaldo?



Volta e meia essa pergunta é feita por algumas pessoas e até mesmo alguns católicos têm duvida sobre o assunto, mas, mesmo que digam o contrário, a posição oficial do Magistério da Igreja Católica diz claramente que aos católicos é proibida a inscrição em lojas maçônicas.

Na encíclica Humanum Genus, que fala sobre a maçonaria, o Papa Leão XIII afirmou que "tão logo a constituição e o espírito da seita maçônica foram claramente descobertos por manifestos sinais de suas ações, pela investigação de suas causas, pela publicação de suas leis, e de seus ritos e comentários, com a frequente adição do testemunho pessoal daqueles que estiveram no segredo, esta sé apostólica denunciou a seita dos Maçons, e publicamente declarou sua constituição, como contrária à lei e ao direito, perniciosa tanto à Cristandade como ao Estado" (HG, n. 6).



A encíclica foi assinada pelo Papa Leão XIII em 1884, e naquela ocasião o pontífice destacou que seus predecessores já haviam abordado o assunto.

"A primeira advertência do perigo foi dada por Clemente XII no ano de 1738, e sua constituição foi confirmada e renovada por Bento XIV. Pio VII seguiu o mesmo caminho; e Leão XII, por sua constituição apostólica, Quo Graviora, juntou os atos e decretos dos Pontífices anteriores sobre o assunto, e os ratificou e confirmou para sempre. No mesmo sentido pronunciou-se Pio VIII, Gregório XVI, e, muitas vezes, Pio IX" (HG, n. 5).

Veja também:


Pela lista elaborada pelo Papa Leão XIII fica bem claro que nunca foi permitido pela Igreja que os fiéis se associassem à maçonaria e, em mais uma ocasião na história, o Papa "proibiu qualquer um de entrar na sociedade, sob as penas que a Igreja costuma infligir sobre as pessoas excepcionalmente culpadas" (HG, n. 6).

Existe documento mais recente da Igreja sobre o assunto?


Em 26 de novembro de 1983, a Congregação para a Doutrina da Fé expediu um documento intitulado Declaração sobre a Maçonaria, o qual reforça que o posicionamento da Igreja não mudou em relação ao assunto.

O documento começa a partir de um questionamento que foi feito à Congregação. "Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo fato que no novo Código de Direito Canônico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior".



A Congregação responde que "tal circunstância é devida a um critério redacional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas".

No terceiro parágrafo do documento, eis a resposta que confirma o que a Igreja sempre ensinou em relação à maçonaria: "Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas".

Por que a Igreja tem parecer negativo à maçonaria?


Ainda de acordo com o documento publicado pela Congregação para a Doutrina da Fé, em novembro de 1986, os princípios da maçonaria "foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas".

Quem pertence às associações maçônicas pode comungar?


A resposta da Igreja para esta pergunta também é muito clara. "Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão".

Católico pode ser maçom?


Com tudo o que a Igreja ensina, não. Como foi está dito no documento da Congregação, os princípios maçônicos são inconciliáveis com a doutrina católica e é perniciosa, como disse o Papa Leão XIII, à cristandade.


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