26 novembro, 2015

A indulgência terá grande relevância no Ano da Misericórdia, mas o que ela é?


O fiel que usa objetos de piedade devidamente abençoados, gana indulgência parcial

Na Misericordiae Vultus, bula de proclamação Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco afirmou que este ano jubilar "também inclui o referimento à indulgência". Segundo o Pontífice, por se tratar de um Ano da Misericórdia "adquire uma relevância particular". Mas o que é a indulgência?


Para ajudar no entendimento, vale a pena conferir o texto abaixo, extraído dos números 1471 ao 1743 do Catecismo da Igreja Católica. Sobre o tema "indulgência", o Catecismo diz exatamente o que se segue até o fim dessa postagem.





A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, (remissão) que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos.

A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberar parcial ou totalmente da pena devida pelos pecados. Todos os fiéis pode adquirir indulgências para si mesmos ou aplicá-las aos defuntos.

Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem uma dupla consequência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos torna incapazes da vida eterna; esta privação chama-se "pena eterna" do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado "purgatório". Esta purificação liberta da chamada "pena temporal" do pecado. Essas duas penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior, mas, antes, como uma consequência da própria natureza do pecado. Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena.


O perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam a remissão das penas eternas do pecado. Mas permanecem as penas temporais do pecado. Suportando pacientemente os sofrimentos e as provas de todo tipo e, chegada a hora, enfrentando serenamente a morte, o cristão deve esforçar-se para aceitar, como uma graça, essas penas temporais do pecado; deve aplicar-se, por meio de obras de misericórdia e de caridade, como também pela oração e por diversas práticas de penitência, a despojar-se completamente do "velho homem" para revestir-se do "novo homem".


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