10 abril, 2013

Assembleia CNBB: As paróquias são chamadas a ser comunidades de comunidades


(RV) Teve início na manhã desta quarta-feira, 10, em Aparecida, SP, a 51ª Assembleia Geral da CNBB. O evento que reúne mais de 360 bispos e arcebispos e 43 eméritos, de todo o Brasil foi aberto com a celebração da Santa Missa, às 7h30, no Altar Central do Santuário Nacional, presidida pelo Arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis. A missa foi concelebrada pelo Vice-presidente da CNBB e arcebispo de São Luís (MA), Dom José Belisário da Silva e pelo Secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner.


Na sua homilia Dom Raymundo depois de agradecer a presença do Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’ Aniello e dos colaboradores da 51ª Assembleia Geral, entre outros saudou a imprensa presente que levará aos lares de todos os brasileiros o conteúdo dos trabalhos dessa Assembleia.

Em sua homilia, o cardeal afirmou que a Assembleia deste ano se insere na dinâmica do Ano da Fé e no espírito dos 50 anos do Concílio Vaticano II. “Passaremos juntos os próximos dez dias em oração, partilha fraterna de experiências pastorais, estudo e reflexão. Os momentos de oração e celebração, queremos vivê-los em profunda comunhão com os romeiros, aqui no Santuário, e com os que, em casa, estarão em sintonia conosco. O estudo e a reflexão se estenderão sobre diversos temas de interesse eclesial, mas se concentrarão principalmente em torno do tema central: a renovação de nossas paróquias”, afirmou.

Dom Raymundo destacou também que as paróquias são chamadas a ser comunidades de comunidades, como as denomina o Documento de Aparecida, são chamadas a uma conversão pastoral, que destaque ainda mais seu dinamismo missionário e seu espírito de acolhimento.

O presidente da CNBB ressaltou também que é importante recordar que na Quaresma deste ano a Igreja viveu com espírito eclesial ainda mais destacado porque acompanhamos o Papa Bento XVI, agora Bispo Emérito de Roma, em suas últimas semanas de pontificado, desde que anunciou, dia 11 de fevereiro, que renunciaria ao exercício do ministério petrino no dia 28 de fevereiro.

“O luminoso testemunho de seu pontificado, que se destacou, sobretudo, pela profundidade e pela qualidade espiritual e teológica de seu magistério, fica gravado em nossas mentes. Assim como fica gravado em nossos corações sua humilde e corajosa decisão, ditada unicamente pelo bem da Igreja e pela fé em Jesus Cristo, que é Quem conduz a Igreja por meio dos pastores por Ele escolhidos. Depois de um breve período de Sede Vacante, dia 13 de março foi eleito o Papa Francisco”.

Referindo-se ao Papa Francisco, Dom Raymundo afirmou que sua simplicidade e os sinais que, desde o momento de sua eleição ele tem dado, na Casa de Santa Marta e nas suas aparições públicas, nos fazem esperar um pontificado de grande sensibilidade pastoral e de profundo diálogo com toda a Igreja, com os outros cristãos, com as demais religiões, sobretudo, as monoteístas e com o mundo da cultura em geral”.

Aos fiéis presentes na celebração, Dom Raymundo pediu que estejam em comunhão no mistério da morte e da Ressurreição de Cristo.

Depois da missa que marcou o início da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou-se no plenário do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida a cerimônia de abertura solene do encontro.

A cerimônia contou com a presença entre outros do Prefeito de Aparecida (SP), Márcio Siqueira do Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’ Aniello e do Reitor do Santuário Nacional, Padre Domingos Sávio.

Dom Raymundo Damasceno, fez a saudação abrindo Assembleia Geral e acolheu ao Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’Aniello. O presidente da CNBB destacou que este acontecimento anual, aguardado por todos com alegre expectativa, é uma experiência de partilha fraterna, oração, estudo e reflexão, que fortalece a comunhão dos bispos entre si e com o sucessor de Pedro, para melhor servir as Igrejas particulares.

Sobre o tema central da Assembleia “Comunidade de comunidades: uma nova Paróquia”, Dom Damasceno afirmou que a atenção da Conferência volta para essa mais que milenar instituição, na qual se desenvolve o dia a dia da vida da quase totalidade dos católicos. À luz da Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, que se realizou aqui em Aparecida, no ano de 2007, aprofundaremos a reflexão a respeito das implicações da “conversão pastoral”.

Dom Raymundo afirmou ainda que os bispos discutirão o projeto do Diretório para a Comunicação da Igreja no Brasil. O projeto apresentado é fruto de reflexão e de diálogo, no qual têm tomado parte leigos, diáconos, presbíteros e bispos. Ele é fruto ainda da colaboração de pesquisadores e intelectuais.

A questão agrária no Brasil ocupará uma vez mais a atenção de nossa Conferência. Historicamente, este é um tema ao qual se tocou repetidas vezes.

Para o presidente da CNBB neste momento da história da Nação, essa questão assume contornos muito peculiares que importa conhecermos bem. Atenção especial será dada também a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em julho no Rio de Janeiro.
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